sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sublinhado.

- Porque sublinho se, na segunda vez, volto a ler tudo de novo?


Ora bem, estava eu sentada na minha secretária, perdida no meio de pilhas de livros abertos em páginas não acaso e de folhas soltas, lisas ou pautadas, não com quadrículas, quando dou comigo a fugir à descontracção de ter dois exames a começar a semana com esta pergunta existencial.
Não conseguindo recuperar a tranquilidade com o clima de auto-incompreensão, resolvi começar por procurar a resposta ao meu anseio inesperado. E onde? Online, claro - não se diz que há tudo na Internet?


E foi assim que descobri um site excepcionalmente útil, mesmo: Aqui aprendes a SUBLINHAR. (Não vos deixo o link, aprendam a pescar, se gostarem de peixe!)

Nesse site aprendi que, para sublinhar, devo traçar uma linha por baixo daquilo que eu considero mais importante, existindo diferentes tipos de sublinhado com o intuito de distinguir diferentes tipos de coisas importantes! Não é fantástico?
Posso ainda utilizar cores diferentes, com canetas de tinta normal ou fluorescente, e posso complementar com notas à margem, codificadas com um símbolo específico e tudo!

Em suma, deve-se sublinhar de maneira a que seja possível relembrar todo o texto e perceber o seu sentido lendo só as palavras em evidência, possibilitando uma revisão da matéria muito facilitada.


Posto isto, compreendi que, sublinhar correctamente implica, para alguém que faça tudo de véspera, demorar tanto tempo a mais que, não só impossibilitará o acto de voltar a olhar para aquilo de novo, como impedirá a leitura única total do mínimo indispensável, revelando-se, assim, um trabalho inglório, mas artisticamente muito divertido!

Auto-conselho: deixa-te de sublinhados, Mi... vai estudar.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Arriscar.

E foi o final da minha primeira semana de "férias pré-exames". Querem conhecer o produto destes dias? Pois bem, cliquem na imagem!



Agora, em jeito de desafio, proponho-vos que percam uns minutos do vosso dia, mas somente uns minutos, a tentar superar os diversos níveis, sem perder a sanidade mental da tranquilidade. (É só usar as setas do teclado.)
É, de facto, um teste à paciência e persistência, não concordam?
Proponho que vão anotando os códigos dos níveis e que os vão deixando por aqui em jeito de comentário.... é que eu gostaria de saber se o jogo tem um fim!

Na estrada da vida que percorremos, muitas vezes as armadilhas escondem-se nos locais mais inesperados, frequentemente perto do fim que nos parece tão à mão. A diferença, é que no jogo podemos morrer as vezes que quisermos e, assim, arriscar vezes sem conta.
Reparem como arriscar é viciante na perseguição de um objectivo!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Irreal.

Sabem, naquele dia, tudo parecia perfeito. A luz, a temperatura, o som, o ambiente, a disposição, a companhia, o programa... até o tempo - o maldito que nos costuma desagradar em momentos quase-perfeitos. Mas naquele dia, não... Naquele dia, tudo parecia perfeito.

Há dias assim, em que nos sentimos intocavelmente completos. Portanto, só desejamos que aquele dia, aquelas horas, aqueles momentos, aqueles segundos, Aqueles... se prolonguem para a eternidade, para, assim, encontrarmos a verdadeira felicidade.
Nesses Aqueles, chegamos a pensar que, se morrêssemos sem passar a Outros, partiríamos felizes, completos e realizados, mais do que alguma vez poderíamos imaginar para nós próprios. E, então, julgamos que podemos congelar essa sensação, mesmo quando atingirmos esses Outros, que não são Aqueles.

Mas sabem, há sempre o mundo lá fora. Desse nunca nos livramos, por mais que, por breves instantes ou por longas horas, cheguemos a acreditar que nada rodeia os nossos Aqueles a não ser o prolongamento deles mesmos.
É verdade, por mais que nos esqueçamos, o mundo lá fora nunca deixa de ser o real. E a ponte da irrealidade para a realidade é das mais penosas de atravessar, pois, à medida que damos mais um passo, tudo o que fica para trás das costas se vai desmoronando... E nós podemos olhar por cima do ombro e ver a destruição, daqueles que foram Aqueles e que afinal não foram nada senão uma irrealidade paralela com a realidade.

Quanto conseguimos transportar às costas pela ponta, da irrealidade desejável para a realidade indesejável?



Eu sei conduzir carrinhos de mão! Estou a calejar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Grupos.

Eu já sou do tempo em que a Filosofia era considerada uma disciplina fundamental no ensino secundário, pertencendo ao tronco comum obrigatório num período bianual. No meu tempo, um dos conteúdos iniciais era a complexidade do Ser Humano: um Ser Racional, um Ser Individual e um Ser Social.
Mas não me apetece ir por aqui - farta de conteúdos programáticos ando eu... é disso e de grupos!

Agora, que fui capaz de tocar no cerne da questão, permitam-me que vos questione: Alguém é capaz de me explicar a essência da expressão: "Eu não papo grupos"?
É que, atendendo aos mais variados contextos em que é utilizada, parece-me que a minha pessoa, efectivamente, papa grupos. Deste modo, uma vez que fujo à regra que costuma ser pronunciada com inchaço e orgulho, considero que possa ser um traço menos bom da minha personalidade. - Que alguém se sente, estenda os braços, exercite os dedos e me esclareça esta crise de identidade existencial... se não for muito incómodo!

Quanto ao conceito de grupo, poderá ser um sistema de relações interpessoais, de interajuda e aceitação de direitos e obrigações partilhados, demonstrativas de uma identidade comum. Assim sendo, as várias pessoas que constituem um determinado grupo, deverão agir em conjunto, em conformidade com um determinado objectivo, relevante para todas.
Então, por muito que sejam diferentes e tenham opiniões nem sempre coincidentes, no final, todos os indivíduos que integram o grupo deverão remar para o mesmo lado... e não bater com o remo no alto da cabeça do seu companheiro, nem atirar o remo ao rio a meio do percurso, nem abanar o barco ou atirar-se à água sem perguntar se é melhor sair para não fazer peso e atrasar, se é melhor ficar para manter o equilíbrio sobre as correntes, nem... por aí adiante.

É que esta coisa de pertencer a grupos cujos membros demonstram uma confiança extrema na minha pessoa, a ponto de me darem um, dois, três e quatro pares de remos adicionais aos meus, atirando-se de seguida borda fora, com o intuito de ser eu a remar com todos eles e sem qualquer peso a não ser o meu, começa a cansar-me um bocado... É que no fim, quando subimos ao pódio, enquanto todos os outros ficam bem na fotografia, eu estou de rastos, com um aspecto execrável e pronta para me atirar eu ao rio, a ver se refresco as ideias e não cometo actos violentos.



Isto significa que "eu papo grupos"? Por isso é que ando indisposta!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sonho.

E foi assim que demos por finalizada a breve conversa, não só porque eu tinha mesmo que trabalhar, mas também porque Ele tinha ficado sem nada que responder. [Será que se pode desejar Bons Sonhos! a uma pessoa que vai sonhar acordada?]

Ele: Hoje sou eu... Bons sonhos.
Mi: Então e os relatórios que ainda tenho por fazer? Deixo-os assim?
Ele: Oh, queria retribuir por ontem!
Mi: Mmmm... Está bem, vou sonhar que estou a dormir.


A verdade é que esta última frase me deixou a pensar durante uns longos minutos sobre a potência do sonho! Eu explico:
De acordo com a definição mais científica da coisa, o sonho é uma experiência de imaginação do inconsciente durante o nosso período de sono. Porém, se eu posso sonhar acordada que estou a dormir [e aqui sonhar tem mais um sentido de desejar, passando por um estado de momentâneo alheamento da realidade], então, - e corrijam-me se estiver errada -, também posso sonhar que, durante esse sono estou a ter um sonho, logo, eu posso sonhar que estou a sonhar!

Sabem o que é magnífico? É que eu controlo o sonho quando sonho acordada e posso, deste modo, tornar o sonho num ciclo vicioso, uma vez que, pela lógica, eu posso ainda sonhar que estou a sonhar que estou a sonhar que estou a sonhar... e por aí adiante, intercalando sonhar desperta e adormecida!

Não estão a ver a magnificiência? Eu descobri que posso controlar o meu sonho inconsciente, na medida em que posso sonhar conscientemente que o estou a ter. Isto não é... mesmo de quem está com os neurónios em guerra a céu aberto, sem dó nem piedade?
Eu acho é que estou a precisar de dormir... mas a sério.



MI: a Maior Idiota.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Esperas.

A sabedoria popular é, de facto, um tipo de conhecimento extremamente interessante... Confesso que é capaz de me colocar os neurónios em acelerado ritmo de funcionamento. Reparem! - até me pôs com questões:

"Quem espera, sempre alcança." ou "Quem espera, desespera."?

Com efeito, esta contradição despertou o meu interesse e pôs-me a teorizar - ainda que não seja preciso muito para tal, não se lhe pode tirar esse mérito. E não é que cheguei a uma conclusão? Confesso que não demorei assim muito tempo, porém, não senti uma menor sensação de realização pessoal por isso!

Resposta: DEPENDE. Das característas da espera.

De facto, se estiver a escalar uma montanha extremamente alta, de encostas muito recortadas, completamente cobertas de um nevoeiro gelado, e onde a única coisa que consigo ver - e mal! - é onde me apoiar para não vir a rebolar até ao sopé, e o único som que ouço é o do meu corpo a tremer, por muito boa que eu saiba que pode ser a paisagem do topo e a sensação de o atingir, só vou querer que a espera seja curta, que a distância que me separa do objectivo desapareça depressa... ou desesperarei.
No entanto, se estiver a escalar uma montanha semelhante, mas com encostas ligeiramente menos íngremes, iluminada pelos agradáveis raios de sol, que me mostram um horizonte lindíssimo, e refrescada por uma brisa leve, acompanhada pelo belíssimo canto dos passarinhos, prevendo igualmente a beleza da paisagem do topo e a sensação de o atingir, mantendo ainda um certo grau de dificuldade, desfrutarei de tal modo da escalada que não terei por que desejar que a espera não se prolongue, de modo a aproveitar ao máximo aquele bocadinho de prazer até ao objectivo... que alcançarei.

Que tal? Até tem uma certa lógica, não? Não? Tem toda! E digo-vos mais: nem sou a eu a única pessoa a reconhecê-lo...



Alguém: Às vezes, vale a pena esperar. Aproveitar os momentos. Para quê andar em frente, se o presente nos sabe bem? Porquê pensar demasiado? Há-de chegar o dia em que só uma coisa fará sentido e, nesse dia, vais saber que nada vai falhar e que toda a espera valeu a pena.
Ela: Aliás, o que custa esperar quando esses segundos sao preenchidos com beijinhos, abracos e conversas que nos fazem sentir no topo do mundo?

Está a valer a pena. Vou continuar a caminhar com passos pequeninos.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Despida.

Finalmente, entrei no ano novo!, porque entrar no ano novo não é somente passar a meia noite, comer 12 passas e festejar com champagne e amigos a felicidade que esperamos que nos aguarde nos 365 dias que aí vêm... Não.
Entrar no ano novo implica que nos dispamos do ano velho, em todos os sentidos: requer um balanço dos 365 dias - ano bissexto, logo 366, neste caso - que passaram, com os prós e os contras, aquilo que queremos evitar e aquilo que desejamos que surja ou se mantenha.

Com efeito, há muitas coisas que ficam para trás, independentemente da nossa vontade.
Assim, dei comigo perdida por entre memórias... de momentos, de pessoas, de marcas que outros deixaram em mim, de fragmentos de sentimentos. Olhando-me no espelho, em retrospectiva, apercebi-me de quantas peças de vestuário e adereços devia eu já ter guardado e ainda transportava bem colados a mim... porque, apesar da estima e carinho que lhes possamos dirigir, é inevitável: temos de nos ir despindo de muitas elas.

Porém, para nos despirmos é necessário tempo, pois não arrancamos as vestes com que nos fomos revestindo, mas antes tiramo-las cuidadosamente para as guardarmos no armário das roupas que já não usamos e que não damos a ninguém, pois estas também só nos servem a nós próprios, - mais que isso - fazem parte de nós.



Finalmente, entrei em 2009!, porque finalmente me despi de 2008... e de 2007 e de 2006 e ainda de 2005.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Balanço.

Despedida, 2007. 2008!, Cumprimento.

Exames, Economia? Dúvidas. Mudanças, N.: Incompreensão, Dor, Fim, Perdão. Aniversário: Último Ano Teen, Jantar Inesquecível, Pessoas Importantes. Recomeço! Bateria, Conjunto, Jornada. Revolução! Siamesa: Amizade Sustentada. Sentimentos... Bons momentos, J.: Novo início. Recuperado, R.N., Perdido. Decisões: Adeus Economia, Sempre Amigos FEUNLianos! Novo caminho? Exames, Despedida, Férias! Bairro Alto, até C.M. por J.L.. Pioneiros, Praia da Galá, Monitora Mi. Braga: Família, Prima L.! Porto: R.N., Regresso, Obrigada. Cidadela, Ensaios. Lisboa: Siamesa e U.S. New Friends. Itália: Loppiano e Firenze, Escola Gen... Renovada! Fátima: Mariápolis Aggiornamento. Londres: Família, Angústias. Desilusão, J.: Inviável. Treinos, Ambiente, Transição: Júnior - Sénior. Descoberta Fascinanete, D.G.: Mentiras Inesperadas. Educação: Caloira, Nova Faculdade, Praxes, Novas Colegas! Muito Trabalho. Redescoberta, D.G.: Novo Caminho, Reconstrução, Grande Amizade, Essencial. Jantar do Coiso: Confusão, Multidão, Importantes! Natal: Barcelona, Família, Irmão Erasmus, Confidências Irmão Mais Novo, Auto-Reflexão. Saudades, R.N., D.G., R.G.! Trabalhos de Grupo, Trabalhos Individuais, Testes. Festa de Passagem de Ano? Gen, Ausência D.G., Presença R.G., Reaproximação C.P. e C.C., Fogo de Artifício, Coração da Cidade.

Despedida, 2008. 2009! Cumprimento.