Palmas: boa, conseguiste estragar-nos a bela da noite Natal em família!
Este até podia ter sido mais um Natal normal, longe do perfeito, mas sem nenhum problema em especial...
Os sete por aqui, cada um no seu cantinho. Umas horas antes da meia noite juntávamo-nos para fingir um pouco o ambiente da época, com o jantar alargado a doces. Depois, seguiríamos até à Missa do Galo para cumprir o procedimento. À meia noite, finalmente felizes, abriríamos as prendas com entusiasmo. Por fim, mais satisfeitos ou menos satisfeitos, lá voltava cada um à sua vida, até umas horas antes do almoço do dia seguinte, em que voltaríamos ao pseudo-ambiente da quadra natalícia.
Até podia ter sido assim, mas não foi.
E o pior, é que não foi por nenhuma razão extraordinária!
Não surgiu um oitavo elemento, não tivémos de passar o Natal a apagar o fogo da cozinha, não fomos para a casa de família na Polónia, nem tivemos um Pai Natal a sério, com renas e trenó, a bater à porta por não termos chaminé!
O motivo é tão tristemente egoísta que eu tenho até dificuldade em expô-lo...
Como é que alguém é capaz de se recusar a sentar à mesa no jantar da véspera de Natal por caprichos birrentos infantis?
Ah, porque a minha bota das prendas devia ser a verde e não a vermelha e devia estar no meio e não na ponta, porque eu sou o segundo filho mais novo e tenho direitos, e porque por eu não ser igual a vocês e ser o mais diferente vocês gostam menos de mim, logo, sou tão inteligente, racional e lógico que, por todo este raciocínio, concluo que me posso ir deitar e dormir que nem um bebé, enquanto vocês perdem momentos da vossa vida, mergulhados num constrangimento tão profundo que nem vos permite fingir um espírito natalício.
Bah... Que é que se faz a uma pessoa assim, especialmente quando temos a plena consciência de que, apesar de ser o segundo mais novo, já tem noção da realidade e sabe o quanto nos vai custar?
Perdoa-se... Porque se ama, porque é família, na mesma, independentemente dos seus actos ou até da época do ano, desenganem-se com a hipocrisia! Aqui não, aqui foi Natal na mesma.
Este até podia ter sido mais um Natal normal, longe do perfeito, mas sem nenhum problema em especial...
Os sete por aqui, cada um no seu cantinho. Umas horas antes da meia noite juntávamo-nos para fingir um pouco o ambiente da época, com o jantar alargado a doces. Depois, seguiríamos até à Missa do Galo para cumprir o procedimento. À meia noite, finalmente felizes, abriríamos as prendas com entusiasmo. Por fim, mais satisfeitos ou menos satisfeitos, lá voltava cada um à sua vida, até umas horas antes do almoço do dia seguinte, em que voltaríamos ao pseudo-ambiente da quadra natalícia.
Até podia ter sido assim, mas não foi.
E o pior, é que não foi por nenhuma razão extraordinária!
Não surgiu um oitavo elemento, não tivémos de passar o Natal a apagar o fogo da cozinha, não fomos para a casa de família na Polónia, nem tivemos um Pai Natal a sério, com renas e trenó, a bater à porta por não termos chaminé!
O motivo é tão tristemente egoísta que eu tenho até dificuldade em expô-lo...
Como é que alguém é capaz de se recusar a sentar à mesa no jantar da véspera de Natal por caprichos birrentos infantis?
Ah, porque a minha bota das prendas devia ser a verde e não a vermelha e devia estar no meio e não na ponta, porque eu sou o segundo filho mais novo e tenho direitos, e porque por eu não ser igual a vocês e ser o mais diferente vocês gostam menos de mim, logo, sou tão inteligente, racional e lógico que, por todo este raciocínio, concluo que me posso ir deitar e dormir que nem um bebé, enquanto vocês perdem momentos da vossa vida, mergulhados num constrangimento tão profundo que nem vos permite fingir um espírito natalício.
Bah... Que é que se faz a uma pessoa assim, especialmente quando temos a plena consciência de que, apesar de ser o segundo mais novo, já tem noção da realidade e sabe o quanto nos vai custar?
Perdoa-se... Porque se ama, porque é família, na mesma, independentemente dos seus actos ou até da época do ano, desenganem-se com a hipocrisia! Aqui não, aqui foi Natal na mesma.
20 comentários:
Pequenas "birras" às vezes estragam os melhores ambientes...
Mas isso já depende de cada um e do que se preocupa com o que os rodeia.
Excelente o texto. Maravilhoso, o final. Thanks.
É por perdoares assim que és a maravilhosa pessoa que conheco, a maravilhosa pessoa que gosto imenso!
Que venha então a passagem de ano e um mega sorriso!
[saudade*]
Beijo grandalhão
Pena os natais se estragarem por isso.
E não é preciso uma birra muito grande para se estragar um jantar... no natal, basta uma coisa pequena que, por ser natal, se torna grande.
Enfim... votos que para o ano seja melhor, com a família que se ama sem chatices!
E por vezes tem que se perdoar mesmo...!
Beijinhos
Em tempo de Natal esquece-se as guerras e os conflitos, ou pelo menos deveria ser assim...
Mi,
Este é um tipo de episódio que só demonstra que vocês são mesmo uma família verdadeira. Porque só quando assim é, é que acontecem este tipo de situações. Há que procurar minorar este tipo de incidentes, e seguir com a festa em frente.
Bjs.
Cada um é como cada qual...
Jokas Mi :)
Felicidades , Vais ver que tudo para o ano corre bem ..
beijinhos :)
João, é verdade... Também tem a ver com a maturidade e com a capacidade para ser contrariado. Enfim, todos passamos pelo mesmo.
Lita, é o que se quer: finais felizes!
JFX, obrigada por tudo... É uma honra receber tantos elogios de uma pessoa como tu.
Saudade, sim!
Um beijinho carinhoso!
Ru! π, é uma pena, sim... Os Natais e quaisquer bons momentos! Mas sim, os Natais são mais susceptíveis... Mais especiais? Parece que sim. Épocas onde é suposto não haver birras, porque é suposto sorrir-se, não?
Obrigada pelos votos, retribuídos!
Pedro Barata, cá para mim, tem que se perdoar... sempre!
Beijinhos!
B!, deveria ser assim, sem dúvida... Eu esforço-me, pelo menos, não só no Natal, mas especialmente, claro.
Art of Love, apesar de se tratar de uma história com personagens criadas por mim, sim, é mesmo uma família verdadeira... Não há famílias perfeitamente felizes, por mais que a minha mãe tente fazer-me pensar. He he!
Beijinho!
DANTE, isso significa que cada um pode fazer as birras que tiver de fazer se tiver vontade? Acho que temos de controlar de vez em quando o nosso ego...
Beijinho, DANTE!
PROMISCIOUS, obrigada... Mas corre sempre bem!
Beijinho!
Visto que a tua capacidade de perdoar já foi referida, não vou voltar a mencionar para não repetir ... Mas é algo que deve ser retirado do texto e avaliado por todos nós se a nossa capacidade de perdoar está mais ou menos sensível mediante a época e pessoas em questão. Contigo aprende-se ... escreves bem, és racional, ponderada, não dás passos em falso e perdoas porque o amor, perdoa. Como já foi referido acima, "já todos nós passamos por isso", depois da idade dos porquês vem a idade em que temos o rei na barriga e que dizemos e fazemos tudo sem pensar em quem está à volta, processo (a)normal de desenvolvimento ... a parte boa é que depois destas idades vem a maturidade e o reconhecimento do erro e é nessas alturas que sabemos que valeu a pena perdoar.
Gato, ainda bem que sabes do que falas... ah ah ah, estava só a ser mazinha. Hmmm, está na altura de deixares de ter o rei na barriga, não? He he, sabes que é um daqueles momentos feéricos da Mi e que é favor não levar a peito.
Perdoar deveria fazer parte das prioridades de todos os seres humanos. E sabes, muitas vezes é mais difícil perdoar aqueles de quem mais gostamos... é desses que mais exigimos! Ainda assim, a vontade de perdoar é maior, porque... vale a pena.
Enviar um comentário