sábado, 30 de janeiro de 2010

Amizades (IV).

Os amigos são para tudo e estão lá sempre. Mas... é mesmo assim?

Cada pessoa tem a sua vida, a azáfama do seu próprio quotidiano; e esta é só sua, só ela é que a compreende e sabe o quanto a desgasta e ocupa.
Paralelamente a isto, os amigos de cada pessoa têm os seus problemas e precisam que alguém esteja lá para si; por vezes, as dificuldades nem são nada fáceis de ultrapassar com companhia e ajuda, quanto mais sozinhos.
Porém, os amigos não estão; não, não estão sempre presentes e disponíveis; não fazem ideia dos problemas gigantes que cada pessoa enfrenta sozinha, porque... porque eles não estão.

Tratar-se-á isto de egocentrismo? De só se conseguir olhar para si?

Cá para mim, muitas vezes, os amigos não estão porque não sabem. Isto faz sentido? Claro que sim.
Na correria do dia-a-dia de cada um, há muitos tipos de conversas entre amigos - não? Bem, há aquelas mais de circunstância, as outras em que se relatam episódios por que passaram, ainda há umas que são puros momentos de atrofio e descontracção, depois há aquelas das queixas e das más-línguas e as outras que servem para debater os assuntos da actualidade, ou simplesmente fazer tempo.
Neste contexto, se uma pessoa tiver muito que fazer, responsabilidades nos ombros, prazos a cumprir, se calhar vai tender a não dispensar muito tempo com estas conversas...
Ora, se calha que, nessa altura, um amigo precise muito dessa pessoa, vai acabar por culpá-la por não estar e não lhe dar atenção e não o ter ajudado num momento difícil. Está certo.

Mas pensem comigo: se o amigo tivesse dito que tinha um problema... será que a pessoa não tinha arranjado tempo, mesmo no meio de um horário muito preenchido?


Os amigos, antes de poderem adquirir essa denominação, deveriam de tirar um curso de adivinhação. (Vou já inscrever-me!)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Obras.

Não há paciência! Estou de férias, bolas... Pior: estou mais ou menos de férias porque ainda me falta um exame. Qual é a vossa?

Qual é a vossa, senhores da instalação do Gás Natural? É que, para além de colocarem imensos tubos feios na minha cozinha e de a esburacarem um bocado, ainda fazem imenso barulho logo às 9 e tal da manhã e ainda partem e queimam coisas sem querer... É muito complicado; até martelam o seu próprio dedo e quase se esvaem em sangue - e tudo na minha cozinha!
Se o sistema fosse assim...

... de certeza que a instalação ocorreria com menos percalços; se bem que também teria os seus contras, mas isso não interessa agora - que eu queria dormir, uups, estudar!, e não me deixaram.

Para além disto, com a cozinha toda cheia de pó, de escadotes, de tinta branca suja nas paredes, de canos ferrugentos, de buracos no mármore... eu já só consigo pensar na minha cozinha antes destes episódios...

... qualquer coisa deste género. Bonito, hein?! E sabiam que eu adoro cor-de-laranja, ou é uma novidade?


MI: a Maior Idiota.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tempestades.

Esta publicação é para ti. Sim, para ti...

Tu que és um amor de pessoa - tranquila, alegre, sincera, genuína; sempre pronta a servir de bóia salva-vidas; sempre ali, como um porto seguro no qual atracamos sempre que precisamos; um farol com a sua luz sempre acesa - disponível.
Não abanes a cabeça... és mesmo tu. Tu és assim; mesmo que sejas a única pessoa que não o consegue ver. Todos te admiram, porque tu és esta luz - um exemplo de amizade, um exemplo de se ser humano. És.

Os tempos não estão fáceis - eu sei. Mas sabes que mais? Estou aqui.
Não sou só eu, mas estamos muitos, para retribuir um pouco daquilo que tu nos dás sempre. Porque é a nossa hora de arregaçar as mangas e a tua de ser protagonista; protagonista de uma cena na qual és o centro da atenção, do carinho, do melhor que temos em nós... para ti.

Porque...


..."Its not easy love
but you've got friends you can trust
Friends will be friends
When you're in need of love
they give you care and attention

Friends will be friends
When you're through with life
and all hope is lost

Hold out your hands
cos friends will be friends
right till the
End"

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Professores exemplares?

(Sem intenções de ataques pessoais...)

Fala-se de formar professores e educadores.

Fala-se de aulas teórico-práticas que implicam presenças (como poderão ser bons profissionais que exigem a presença dos educandos, se faltam à sua própria formação?).
Fala-se de assiduidade e pontualidade.
Fala-se de pesquisa e trabalho autónomo.
Fala-se de criatividade e empenho e exigência em cada apresentação.
Fala-se de trabalhos de grupo em todas as disciplinas.
Fala-se de prazos de entrega e de datas marcadas (e de alguns professores que compreendem a nossa carga de trabalho - obrigada!).

Pela formação de futuros professores e educadores. Então e...

Não se fala de planos de estudo que chegam a atingir 10 unidades curriculares num semestre?
Não se fala da homogeneidade de resultados fruto de avaliações eminentemente de grupo (onde tantos se encostam ou são simplesmente avaliados pela maior exigência e capacidade de outros)?
Não se fala de frequências, apresentações, relatórios, portefólios - de grupo e individuais - todos misturados e acumulados em duas semanas?
Não se fala de alunos que não podem desfrutar dos conteúdos que estão a apreender, nem das sessões das várias disciplinas?
Não se fala de testes realizados sem o conhecimento de avaliações anteriores (testes e trabalhos)?
Não se fala de notas finais que não saem na pauta até às 17 horas do último dia de inscrição para exame (quando só se podem efectuar inscrições quando as notas saem)?
Não se fala de calendários de exames que saem um ou dois dias antes de estes começarem?

Bons professores e educadores? Assim?

O exemplo vem de cima...
E os maus hábitos ganham-se cedo.